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12 de março de 2011

My life. Part 02.

 Quando penso que minha vida está mudando, beng! Vou para aquela mesmisse de sempre, para alguns eu posso até parecer uma menina com uma eterna depreção, mas não. Essas algumas pessoas não fazem a mínima ideia do que eu passei na vida para me sentir assim, perdida em um deserto sem fim. Pois bem, para você ter uma ideia, eu vou contar alguns fatos, porem somente os mais básicos, não quero de algum modo acabar difamando a minha família, eles não tem culpa de serem complicados.
 Ainda jovens com uns 8 anos de idade, descobri que meu pai era alcoolatra, imaginem como fiquei chocada ao ver minha mãe ter mais um de seus surtos neurológicos, por culpa de meu pai que estava caído na beira da escada com um hematoma não tão profundo na testa, minha mãe sem condições de voltar à si, consciente como preferir... Não pode cuidar de meu pai e eu, apenas uma criança que acabara de ter seu mundo mágico destruído, teve que cuidar de seu próprio pai, completamente bêbado, com cortes por todo o rosto, deitado sobre a cama. Ainda abalada, aprendi naquele dia a fazer curativos, preparar leite quente e limpar gotas de sangue do chão. Não fazia mais ideia de quem eu era, minha infância inteira foi construída sobre uma pilha de mentira. Fui madura por muito tempo, mas sem uma base, como eu poderia me tornar uma pessoal estável ?
 E foi depois de um acumulo de brigas, que os sintomas apareceram, meu dedo indicador tremia sozinho, comia pratos e pratos de comida e não me sentia satisfeita, perdia peso muito rápido, soava frio, não tinha sono, andava sempre quieta pálida e infeliz, estava sempre ansiosa e entre outros. Eu estava começando a ter o mesmo problema neurológico que minha mãe tinha desde os 15 anos, os sinais ficaram mais claros no dia em que o banheiro diante de meus olhos se tornou uma prisão.
 Eu estava na solitária, completamente desesperada por ajuda, mas não conseguiam ouvir minha voz, meu pedido, minha clemencia; Então eu gritei, gritei o mais alto que consegui, não achando suficiente, quebrei tudo oque encontrei pela frente, pelo menos tudo o que uma menina de 11 anos aguentava e foi só depois de perder a voz, que a ajuda tão desejada veio; Minha mãe não suportou mais, me ver passar pelo mesmo sofrimento que ela mesma havia passado um dia: "A história não pode se repetir!". E com seus braços ela me retirou da solidão em que me encontrava presa, me cobriu com suas próprias vestimentas e me levou até a casa de minha avó, que não era distante da minha, voltou para casa ainda soluçando entre as lágrimas. Eu podia sentir. Ela se sentou na beira da cama e dirigiu suas palavras à meu pai, que prestou atenção como nunca tivera feito antes. E as palavras se repetem em minha mente como num disco arranhado. "Escolhe de uma vez, a sua família ou a bebida ? Eu não vou perguntar de novo." Ela desceu a escada sem olhar para trás, vindo me buscar.
 A escolha dele foi imediata, a família. Actualmente, quem olha de fora não acredita que já passamos por algo desse tipo. Meu pai não bebe mais, entrou para uma igreja. Ele e minha mãe não tem o relacionamento mais perfeito, mas quem é que tem ?
 No inicio da relação eu e o meu --- não sei do que chamar ele, não estamos namorando mas na minha opinião já passamos da fase de ficar, poxa faz 4 meses que estamos juntos, ficantes não é um bom termo usado para nos classificar, isso é um fato que acho que apenas eu compreendo, e talvez minha família antiquada também, sei lá.
 São tantos pensamentos divididos, interminados, embaralhados e confusos em minha mente isso é um fardo do qual ainda ainda não descobri como me livrar. Triste ? Eu não acho. As vezes me sinto mais segura no meio de minha confusão... rs...
 Acho que para chegar aonde cheguei, eu realmente precisei passar por todos os obstáculos postos diante de mim, pelo menos uma coisa eu sei. Tudo pode melhorar ou piorar, mas no final só depende de você.

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